sábado, 8 de setembro de 2012

Apesar do tsunami de informação continuamos a dar crédito nos meios tradicionais da informação

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Credibilidade continua a recair sobre marcas de informação tradicionais

Na mais recente conferência que deu na UAL, Ricardo Costa lembrou que, independentemente do excesso de informação que nos rodeia, o grande público ainda dá valor às marcas quando toca à credibilidade. É por isso que o diretor do Expresso sublinhou que a investigação é a função primordial dos jornais, sobretudo no jornalismo político. 



Ricardo Costa regressou à UAL na semana passada para mais uma conferência sobre os Desafios da Comunicação. Desta feita, o diretor do semanário Expresso destacou que, apesar da excessiva quantidade de informação a que as pessoas estão sujeitas no dia a dia (consequência da tecnologia associada à Comunicação Social e que dificulta a triagem daquilo que é mais ou menos credível), Ricardo Costa lembra que a esmagadora maioria da informação credível ainda vem das marcas de informação tradicionais:"Vocês podem não ler o Público, o Expresso ou o Diário de Notícias mas, se receberem um post de qualquer um destes títulos no Facebook, têm a tendência para acreditar".

Na conferência Desafios da Comunicação, que teve lugar no pólo da Boavista da Universidade Autónoma de Lisboa, Ricardo Costa explicou ainda que, apesar de em Portugal a fraca dimensão do mercado, a recessão económica e a recessão do mercado publicitário dificultarem o aparecimento de conteúdos exclusivos para plataformas online, o grande desafio do Jornalismo "é não se deixar ficar num só plano".


Os meios de comunicação tradicionais estão obrigados a reinventar a sua capacidade de atingir um público alvo cada vez mais abrangente e disperso. "As marcas tradicionais tentam, via Twitter, Facebook e blogues puxar tráfego das pessoas para os seus sites e para os seus meios tradicionais, conduzindo-as para o que é o centro gravitacional", explica o diretor do Expresso.

Second Screen e a complementaridade dos meios

Nas eleições americanas de 2008 já existia uma enorme quantidade de informação localizada exclusivamente em blogues e redes sociais, no entanto, foi nos meios tradicionais que as questões fundamentais da política americana foram debatidas.

"Facebook altera os hábitos de consumo mas não acaba com todos", lembrou o diretor do Expresso.

"Começa a haver uma obrigação de trabalhar em vários planos ao mesmo tempo", reforçou Ricardo Costa adiantando que "as eleições americanas mostraram um aspeto fundamental na lógica do second screen".

Ao mesmo tempo que decorriam os debates televisivos, as pessoas tinham a tendência de consultar as aplicações dessas mesmas televisões para acompanhar, em tempo real, comentários, estatísticas e sondagens.

Jornalismo político é fundamental, doa a quem doer

E porque o tema principal da palestra do diretor do Expresso era o jornalismo político, Ricardo Costa sublinhou que a investigação jornalística é a função primordial dos jornais: "se existe uma suspeita de deturpação daquilo que devem ser as funções exercidas pelo Governo, isso tem de ser denunciado".

A conclusão do jornalista convidado aponta no sentido de recordar que os jornais têm de ter essa capacidade, essa liberdade e esse à vontade sem preocupação de eventuais pressões políticas. "O jornalismo político é fundamental. Não podemos não escrever ou não investigar com medo que qualquer coisa derrube a imagem do Governo ou do país. Não pode ser".

Veja a reportagem da Autónoma TV

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