sábado, 22 de junho de 2013

Manifestações: Se o Brasil Fosse Uma Empresa | Artigos Para Se PensarArtigos Para Se Pensar

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Manifestações:  Se o Brasil Fosse Uma Empresa
Aula 31 de 25 do curso : -PROPOSTAS DE GOVERNO

A classe média é que paga os impostos efetivamente neste país, e está cansada de ser esquecida
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Se o Brasil fosse uma empresa, diante destas manifestações dos acionistas insatisfeitos com a atual administração do Brasil S.A., o Conselho de Administração se reuniria para avaliar o que fazer.
                                      ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DE JUNHO DE 2013
Presidente do Conselho de Administração:
Convoquei o Conselho para discutirmos, em regime de urgência, as graves manifestações dos nossos acionistas, trabalhadores e fornecedores, insatisfeitos que estão com a atual desorganização da nossa empresa.
Gostaria primeiro de discutir se estas manifestações são espúrias e localizadas, ou se de fato representam a vontade dos nossos acionistas.
Conselheiro 1.
Como representante dos acionistas da classe média, posso assegurar que o descontentamento é generalizado.
A classe média é que paga os impostos efetivamente neste país, e está cansada de ser esquecida.
Por exemplo, quem arca com os custos do Bolsa Família, Bolsa Educação, Bolsa Gravidez, é a classe média, e a  diz que essas benesses são dela e do nosso Departamento de Recursos Humanos.
Nunca deu crédito a quem deveria, aqueles que de fato estão ajudando a tirar este país da pobreza, o contribuinte da classe média.
Conselheiro 2.
Como representante dos acionistas que precisam se deslocar para o trabalho, posso garantir que não foram os R$ 0,20 o estopim, mas a ideia da Dilma de aumentar o preço do transporte público oferecendo serviços cada vez piores.
Conselheiro 3.
Como representante dos 2 milhões de administradores deste país, há uma revolta geral no estilo truculento da Dilma administrar, sua falta de conhecimentos em Liderança, e total despreparo acadêmico na difícil arte de administrar.
Não somente isto, nenhum Ministro seu é formado em Administração.
Isto é demais. 
Conselheiro 4.
A Dilma está mais preocupada com o Marketing Esportivo desta nossa empresa e sua reeleição, do que com a Saúde e Treinamento do nosso pessoal.
Conselheiro 5.
Além do mais, ela despreza nossos departamentos de Controle Orçamentário, Auditoria e Contabilidade, e se preocupa muito mais com este novo Departamento de História que ela criou, em Busca da Verdade da nossa diretoria 50 anos atrás.  
Presidente do Conselho.
Diante disto fica claro que precisamos mudar a diretoria, o Presidente, ambos, ou fazer alguma recomendação de mudanças urgentes.
Conselheiro 2.
Não seria perigoso mudar o Presidente e os 49 diretores ao mesmo tempo?
Conselheiro 3.
Como nossa Presidente é autoritária, ao ponto de insistir em ser chamada de Presidenta, como seu estilo é centralizador e sujeito a destemperos, acho que a primeira providência é procurarmos um novo Presidente, formado e calejado em administração moderna, um líder que ouça os outros e não destrata seus subordinados.
Conselheiro 4.
Discordo, ela ainda tem 52% de aprovação dos nossos acionistas, especialmente aqueles que ela ajuda com recursos desta empresa, com Bolsa Família, Bolsa tudo.
Conselheiro 5.
Como?
Ela está usando recursos para pagar alguns de nossos acionistas, em vez de arrumar emprego para eles na nossa própria companhia, que seria muito melhor?
Mas isto é compra de votos, Senhores Conselheiros, isto é muito mais grave que o Mensalão.
Conselheiro 6.
Como representante dos trabalhadores de chão de fábrica, acho que deveríamos dar uma segunda chance a Dilma, justamente porque ela não é formada em Administração, nunca teve a experiência que vocês têm, ela está lentamente aprendendo a administrar.
Vocês mesmos chamam isto “On The Job Training”. 
Presidente do Conselho.
“On The Job Training” é feito somente para cargos cujos erros não causam estragos irreversíveis, nunca para o Presidente da Empresa, como neste caso.
Além do mais nunca deveríamos ter dado uma primeira chance para a Dilma, o Lula passou por cima deste Conselho, e convenceu nossos acionistas que ela era tão boa como ele foi.
Algo que nós já sabíamos que não era verdade. 
Conselheiro 1.
Dada a sua popularidade de 52%, eu acho impossível nós substituirmos a Dilma neste momento.
Mas depois das vaias, nenhum de nossos diretores e gerentes irá respeitá-la e aceitar a sua forma truculenta de administrar.
O que significa que nossa empresa irá deteriorar ainda mais nos próximos meses.
Aí teremos a oportunidade de demiti-la mais facilmente.
Neste ínterim sugiro que:
a. Exigir que ela demita os Diretores fracos e que a obedecem piamente, começando com nosso Diretor Financeiro, Guido Mantega.
b. Exigir que nosso Psicólogo participe de todas as reuniões da Dilma para diagnosticar porque ela destrata nossos funcionários do jeito que ela faz, e que peça desculpas por ela, para melhorar nosso Clima Organizacional, que está péssimo. 
c. Discutir com o Joaquim Barbosa, do nosso Departamento Jurídico, se acionistas que recebem doações do Brasil S.A. podem legalmente votar nas Assembleias de Acionistas, que isto seria considerado Conflito de Interesse.
d. Discutir com nosso novo Diretor Financeiro, que sugiro seja o anterior, o Henrique Meirelles, como lentamente reduzir esta compra de votos de 40% de nossos acionistas, implantada pelo Presidente Anterior.
Colocado em votação.
5  Votos a Favor
1  Voto Contra, o de sempre. 
  

quarta-feira, 5 de junho de 2013

WWW tem futuro e responsabilidade em seu destino...!

Dados abertos são chave para o futuro, diz pai do WWW

wwwverde.jpg (347×346)Como das vezes anteriores em que esteve no Brasil, Tim Berners-Lee passou pelo país, neste mês, (maio) empunhando a sua invisível e indissociável bandeira pela internet livre, democrática e descentralizada. O físico britânico, que há 24 anos criou nada menos que a “www”, é hoje diretor do World Wide Web Consortium (W3C), instituição que pesquisa padrões internacionais para a rede e organiza a maior conferência anual para debater a internet. No Rio de Janeiro, Tim abordou questões políticas e sociais da web, declarando, em meio a um debate sobre leis brasileiras que regulam a internet e o acesso a conteúdos, que não se pode separar as coisas [na web]. “É metade técnico, metade social, pois a web funciona porque as pessoas fazem links.”
O “metade técnico, metade social” também se aplica a ele mesmo. No currículo, é definido como cientista, professor do MIT (Massachussets Institute of Technology), físico. No dia a dia, Tim é umas das vozes mais relevantes na defesa da abertura de dados públicos. Costuma dizer que “dados sustentam a nossa economia e a nossa sociedade”. Se envolve em iniciativas a favor da democracia com suporte da web, a exemplo do projetoData.gov.UK, lançado pelo governo do Reino Unido para disponibilizar on-line dados aos cidadãos. No Brasil, Tim não tem projeto como esse em andamento, mas tem opiniões. “Aqui eu vejo que existe uma forma particular e entusiasmada de representar o espírito inteligente e colaborativo da internet”, disse durante a conferência no Rio.
crédito Maxkabakok/ Fotolia.com
 
Tim Berners-Lee tem ferramentas para estudar a internet do Brasil. E para listá-la, inclusive, em um índice. Na World Wide Web Foundation, ele lançou, há oito meses, o WebIndex, ferramenta que mensura e reporta como a web impacta nações nas dimensões política, social e econômica. No primeiro ranking divulgado, com 61 países, o Brasil figurou na 24º posição, o segundo melhor colocado na América do Sul – depois do Chile –, e o melhor entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China). As estatísticas apontaram que o impacto da web no Brasil é maior no campo social do que nos campos político e econômico.
Web socialNo Brasil, o impacto social da web diz respeito ao crescente acesso às Tecnologias da Informação e da Comunicação pela população, que ano a ano se mostra mais conectada em números de horas navegando na web e em presença nas redes sociais. As potencialidades para uma nação que tem essa vocação “social” na web, entretanto, ainda não são tão exploradas a favor de “causas” como em outros países que também se mostram bastante sociais nas pesquisas. Nos Estados Unidos, o governo Obama buscou canalizar parte da energia dos desenvolvedores para a causa da educação. Lançou, em 2012, o DataGov Education, um chamado para que a sociedade civil desenvolva aplicativos e outras soluções para a área a partir de dados públicos abertos.
Hackatlon BrasileiroNo Brasil, o Hackathon Dados da Educação Básica, realizado há dois meses, foi um primeiro sinal de que já se fala em utilizar dados públicos da educação brasileira para pensar soluções. Com apoio da Fundação Lemann, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), promoveu em Brasília uma maratona em que os participantes tiveram que se valer de dado de avaliações oficiais do Inep para desenvolver softwares. O projeto vencedor, A escola que queremos, já está on-line, em versão piloto, e permite ao usuário comparar indicadores de qualidade das escolas públicas brasileiras. Além disso, foi desenvolvido em licença aberta, o que permite que qualquer desenvolvedor possa colaborar para o aperfeiçoamento. “A ideia é você criar um índice seu, de qualidade da educação, a partir da sua escolha dos indicadores importantes para avaliar a escola, indo além do Ideb, que avalia a proficiência dos alunos em português, em matemática e a taxa de aprovação”, explica Fernanda Campagnucci, uma das integrantes da equipe desenvolvedora.

Estudantes semantizadosCompilar dados e criar relações entre eles na web. Está aí uma das atividades preferidas de Tim Berners-Lee. Um dia antes da participação do “pai da web” no painel aberto durante a World Wide Web Conference, no Rio, Tim esteve com estudantes, em um encontro fechado para universitários. Aos jovens pesquisadores, ele costuma falar sobre a “web do futuro”, desafiando-os a pensar sobre o que vamos precisar, e sempre insiste na necessidade de se disponibilizar todos os dados úteis na web. “A tecnologia vai se tornar cada vez mais fácil, o que vai aumentar a participação por meio de aplicativos”, prevê Tim.
Ele não se refere aos aplicativos que baixamos nas appstores da vida somente. Fala de sistemas que se conectam com outros sistemas. Questão que passa por interoperabilidade, por padrões abertos, que permitem que dados de diferentes sistemas conversem, se comuniquem. Tim sugere o impacto de uma web por toda a parte: “Vai ser possível controlar uma prótese do próprio corpo na internet, e isso realmente é algo incrível”, disse ele ao público com o entusiasmo de sempre.

Negócios sociais... O que é isso ???

Negócios sociais crescem e se estruturam no Brasil




Até bem pouco tempo, ninguém sabia direito o que eram negócios sociais. Uns achavam que era caridade, outros desconfiavam que não pudessem competir de igual para igual com empresas que não tinham a preocupação de causar impacto social. Hoje, no entanto, o setor já dá mostras de que está cada dia mais estruturado, com mais empreendedores interessados, mais aceleradoras cuidando de ajudá-los, governos mais atentos ao movimento e, claro, mais recursos financeiros disponíveis. E nesse ambiente efervescente, educação aparece como uma das áreas que mais têm atraído atenções.
“Há quatro anos, o Brasil tinha um fundo de investimento voltado para negócios sociais. Hoje já são uns dez”, exemplifica Maure Pessanha, diretora executiva da Artemísia, organização que fomenta e fortalece os negócios sociais do país. “Nesse universo que ganha força, um dos setores mais pulsantes é a educação. A área tem atraído mais empreendedores e com um olhar mais inovador”, afirma ela.
crédito Ilona Baha / Fotolia.com
 
Mas antes de apresentar outras forças que vêm dando estrutura ao setor, é bom recapitular. Negócios sociais são um novo um tipo de empresa no Brasil, que usam a lógica do capitalismo para atacar um problema social que o Estado, sozinho, não consegue resolver. É o tal setor 2,5; não é o segundo setor, representado pela iniciativa privada, nem o terceiro, que reúne as organizações sem fins lucrativos. É algo que fica ali, bem no meio. “Os negócios sociais reúnem esses dois mundos. Existe uma geração que não se contenta mais em só ganhar dinheiro. Tenho visto esse movimento crescer no mundo, inclusive na América Latina”, disse Peter Holbrook, diretor executivo da Social Enterprise UK, uma rede que agrega mais de 15 mil empresas inglesas com esse perfil – o Reino Unido é um das regiões do mundo onde os negócios sociais estão mais bem desenvolvidos; lá, a estimativa do governo é que o setor movimente R$ 74 bilhões por ano.
No Brasil, não é possível dizer nem sequer o número exato de empresas que compõem o setor, mas alguns indícios mostram que ele vem ficando mais forte. Segundo Pessanha, a estimativa é que haja R$ 250 milhões disponíveis para investimento de impacto no país, somando os valores que os fundos estão dispostos a desembolsar. Internacionalmente, o banco JP Morgan, que abriu uma divisão apenas para tratar do que chama de “finanças sociais”, fez uma pesquisa com 99 investidores para fazer uma estimativa parecida. O resultado que encontrou foi que, em 2013, os fundos podem injetar até US$ 9 bilhões, ou R$ 18,1 bilhões, em iniciativas de impacto, 12,5% mais que no ano passado. Nessa mesma pesquisa, o banco perguntou aos investidores quais eram as áreas em que planejavam colocar recursos. Dos que tinham intenção em investir em mercados em desenvolvimento, como o Brasil, 47% citaram educação como uma área possível, ficando atrás apenas de alimentação e agricultura (63%), serviços financeiros e microfinanças (59%) e saúde (51%).
Para Marcella de Barros Coelho, da Endeavor, organização pioneira no estímulo ao empreendedorismo no Brasil, parte do aumento no interesse em negócios sociais pode se explicar pelo crescimento econômico das classes de poder aquisitivo mais baixo. “São 140 milhões de pessoas na base da pirâmide com um poder de compra enorme”, diz ela. Com mais gente consumindo e demandando serviços a que antes não tinham acesso, os negócios tendem a ter mais apelo. Assim, a Endeavor tem visto crescer o número de startups interessadas em investimento com impacto social. A demanda é tão grande que a ONG lançou, em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o projeto Visão de Sucesso, voltado a apoiar iniciativas de impacto que visem a base da pirâmide.
Na tentativa de começar a quantificar o setor, em 2011, entidades envolvidas com negócios sociais fizeram um mapeamento que localizou 140 empresas desse tipo. Para se ter uma base de comparação, atualmente uma pesquisa em andamento está analisando o perfil de 120 startups só de educação. No programa Start‐Up Brasil, lançado pelo governo federal para estimular o empreendedorismo no país, uma das nove aceleradoras selecionadas para participar, a Pipa, só trabalha com negócios sociais. Além disso, a academia brasileira ganha uma presença de peso a partir da semana que vem com o lançamento do Yunus ESPM Social Business Centre, sobre o qual o Porvir já falou.
Saiba mais
Quem tiver ficado curioso e quiser saber mais sobre o tema pode participar na próxima sexta-feira, 24, às 19h30, do Impacto Brasil. O evento, organizado pela Pipa, acontece simultaneamente em São Paulo, Rio e Porto Alegre. Uma palestra apresentará as oportunidades de negócios em investimento de impacto e outra apresentará os recursos disponíveis para os interessados em entrar nesse mundo. O ingresso custa R$ 15 e as inscrições são feitas pelo site do evento.