sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Que tal mexer nas regras do futebol atual?


Uma contribuição para modernizar as regras do Futebol Association...
 
O texto tenta alcançar as cabeças de diretores da FIFA e apontar para algumas modificações possíveis nas regras do futebol, que estão defasadas, e que podem dar agilidade, eficácia e maior aceitação dos clubes, dos torcedores, da mídia, dos jogadores, dos juízes, dos patrocinadores, dos proprietários e também acrescentar maior valor agregado ao futebol como evento esportivo, como produto, como entretenimento, como um assunto de mais fácil aceitação, menos hermético entre os apaixonados que teriam mais argumentos técnicos, psicológicos para discutir e avaliar em um jogo.

Defesa da argumentação:
O futebol é o esporte mais popular do mundo. Tem um PIB extraordinário e maior do que a maioria das economias do planeta; tem uma penetração popular e institucional maior do que a ONU com suas atribuições de gerenciamento de conflitos entre nações e as diversas culturas dos povos da Terra; entretanto, a FIFA atrai mais países para a sua Confederação e é tão atraente como assunto que rivaliza em intensidade de paixão com as religiões do mundo e a política; é, talvez, o esporte mais democrático entre o conjunto dos esportes coletivos pois, seus praticantes não são escolhidos por altura, por padrões de físicos diferenciados; seus eventos têm garantia de sucesso e comportamento de commodity nas relações comerciais; a soma dos campos de jogos – os gramados de todo o mundo - garantem um espaço em metragem quadrada maior do que muitos países; os atores do futebol como jogadores, juízes, preparadores técnicos e físicos, massagistas, mordomos, cuidadores de gramados, seguranças de patrimônio, de jogadores, podólogos, almoxarife, eletricistas, encanadores; mais auxiliares de tecnologia de informação, pessoal de suporte da secretaria e outros que estão adensados ao comando dos clubes, como assessores, técnicos de contabilidade; os comentaristas e críticos do esporte, fotógrafos, radialistas que usam milhões de horas em suas atividades, toneladas de papel  que jornais, revistas, blogs utilizam e que traduzidas em termos financeiros somam, certamente uma colossal reunião de moedas de uma infinidade de origens; ou os atletas de ponta e outros agregados do futebol que defendem fortunas, nacionalidades, prestígio profissional, reputação atlética de suas habilidades ou os mantos de suas agremiações; todos os protagonistas são alçados à celebridade com velocidade e ganham espaço na mídia com mais naturalidade do que autoridades que comandam nações; de executivos de importantes e colossais orçamentos de empresas de reconhecimento do mercado internacional; de  celebridades das artes visuais, das artes plásticas.

As atuais regras do futebol são antigas e entravam o rumo natural das ambições do futebol para garantia de seu futuro. Não acompanhar os dias de progresso que o mundo vive através de tecnologias disponíveis prejudicaria o rumo e o progresso do esporte, no mesmo sentido os jogadores menos avaliados por suas condições técnicas poderiam ser alcançados pela modernização das regras com a extensão de visibilidade e de tempo de exposição das habilidades individuais e responsabilidade adquirida pelas novas normas.

Uma das regras, o número de juízes em campo, deve ser aumentado por causa do espaço físico, sete mil metros quadrados, cerca de dois alqueires paulistas, para ser fiscalizado por três fiscais. É pouco e desproporcional para uma atividade tão carregada de emotividade, de paixão sem freios. Um juiz para cada metade do campo seria suficiente para ser fiscalizado com mais competência e rigor técnico.
Em partidas, de vários campeonatos pelo mundo afora, surgem exemplos, gols de que “até Deus duvida”e, todos os espectadores do estádio vêem e ainda os que estão em casa acompanhando pela televisão asseguram que a bola entrou ou em outro caso que não passou pela linha do gol. Somente o juiz, a maior autoridade em importância e envergadura do evento não tem visão clara do fato, o gol. Em muitos momentos é mais do que evidente que os que estariam vendo o jogo pela TV afirmariam que a bola entrou e também ouviriam os xingamentos ofensivos, as ameaças de morte, os arremessos de objetos em direção aos julgadores da partida. Na sequência desses acontecimentos, às vezes selvagens, os jogadores do clube prejudicado costumam fazer reclamação incivilizada, superestimada e irracional, e, em alguns casos, principalmente entre os sul-americanos, que ameaçam os juízes, dificultam providências naturais para o incidente e mais, furtam muitos minutos de um jogo. Evidentemente, que a Federação organizadora, por isso, poderia ser imputada pelo Ministério Público por ter ‘roubado’ das torcidas dos clubes presentes ao estádio um terço da promessa de minutos daquela partida. Essa perda traduzida em valores financeiros tem um cálculo que deveria ser computado na contabilidade do jogo. E o que dizer do furto de minutos de um jogo que era visto pela TV por alguns milhões de pessoas ao redor do mundo? Os torcedores de TV que poderiam acionar os clubes sobre a diminuição dos minutos de um jogo de futebol interrompido por incompetência de “sua senhoria”? E se os patrocinadores adicionassem ao contrato entre clubes e TV's as interrupções como penalização no valor do jogo...?

Outra pequena modificação nas regras de substituição dos atores dos jogos poderia ajudar a resgatar vários minutos das partidas. Qualquer jogador reserva que estiver sentado no banco  – stand by – poderia adentrar ao gramado para substituir um companheiro machucado, expulso, cansado, por precaução do técnico, por iniciativa tática ou para descansar um jogador importante no esquema de ataque, por uma atitude selvagem ao adversário, enfim, para dar mais agilidade ao jogo.
Essa providência daria maior tempo de validade ao profissional mais rodado, mais experiente, mais admirado. Todos os jogadores com mais de 35 anos, tipo Sócrates, Zico, Reinaldo, Juninho Pernambucano e os mais recentes como Rivaldo, Ronaldo e mais  tantos outros exemplos que atraem mais pagantes em seus jogos. Cada jogador poderia voltar ao jogo depois de uma interrupção para descanso ou por intervenção tática.
Uma iniciativa desse cunho daria ao juiz um trunfo para aplicar em melhores condições psicológicas, técnicas suas intervenções no prélio e seriam mais respeitadas.

Outra providência seria permitir o segundo cartão amarelo. Uma partida importante seja ela de um campeonato, de decisão de final de uma competição não podem ser maculados por mesquinharia funcional de um profissional de futebol que conhece as regras de sua profissão e que deveria respeitar suas responsabilidades, seus companheiros, seus adversários, as autoridades, seu clube, seu currículo, seu trabalho, a mídia que o alça e paparica deslavadamente, e, principalmente sua torcida e se comportar racionalmente diante de um compromisso caro, valioso em todos os pontos de vista do esporte mais popular do planeta e que lhe dá sustento, fama e que o faz modelo para jovens que sonham em se tornar um jogador com seus atributos. 

No domingo que passou, no clássico Gre-Nal, se as modificações das regras (?) estivessem sendo usadas naquele jogo não teríamos visto o triste espetáculo de irracionalidade, emoções intempestivas de jogadores interessados no jogo. Os dois atletas do Internacional seriam substituídos e o jogo continuaria sem sustos e ansiedades dos dois lados dos adversários...

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