terça-feira, 29 de setembro de 2015

"A tarefa central de um governo minimamente articulado será a de levar o país para 2018, restabelecendo um fio de confiança no processo político brasileiro. Aí, então, será possível renovar a esperança e prosseguir na tarefa gigantesca não só de resolver a crise econômica, mas todos os problemas que incomodavam quando a economia, para muitos, ainda parecia bem em 2013 e milhões de pessoas foram às ruas exigir melhores serviços públicos""


25/09/2015
 às 15:14 \ Opinião 

Fernando Gabeira: Navegando no pântano

Publicado no Estadão
FERNANDO GABEIRA
Navegando no pântano do Rio Pandeiros, no norte de Minas, tive uma intuição sobre o curso das coisas no Brasil. As plantas aquáticas dominavam o caminho, não se via água. Onde estava o leito do rio? Nosso objetivo era alcançar o São Francisco onde o Rio Pandeiros desemboca.
O barco avançava entre os aguapés ao som do ruído do choque das plantas com o metal do casco e percebi que sozinho ficaria perdido na imensidão daquele pântano verde-garrafa. Por isso levamos o barqueiro Pedro, que conhece as pequenas e fugidias trilhas da água. E ele nos levou, depois de quase três horas de viagem, ao encontro do São Francisco.
A verdade é que na volta, pelo mesmo caminho, o motor do barco fundiu. Mas Pedro faz o mesmo percurso quase todo dia. Sabe se mover no pântano.
A sensação de se mover de forma errática naquele território de mil hectares seria insuportável. No entanto, ela se parece com a que vivemos na cena nacional. Os atores aparentam não conhecer as trilhas do pântano. E se perdem no emaranhado das folhas, retrocedem achando que avançam.
Falemos dos projetos de “bondades” que o Congresso aprovou e Dilma vetou. Derrubar os vetos da presidente, sem dúvida, a enfraqueceria. Mas ao custo de perpetuar a mesma ilusão que nos jogou no buraco: fazer o bem sem olhar o momento ou saber como pagar.
O governo, então, parece ter adotado o pântano, como os jacarés. Delira em público sobre impostos, da CPMF à Cide, e termina sua noite nos cassinos, sonhando em legalizar o jogo. Com quem será, com quem será que a gente vai se ferrar?
Todos sabem que não se sai do pântano sem um timoneiro. E a maioria considera o impeachment inevitável. Mesmo o PT já deve estar discutindo internamente se a renúncia ou o impeachment pode servir-lhe melhor na outra vida. Se houver outra vida depois da que se perdeu na delinquência.
Dos atores pantaneiros, o que me parece ter um esboço do caminho é o PMDB. Recusou indicar ministros e marcou para dia Proclamação da República a convenção que pode romper com o governo federal. Daí para se unir com a oposição e despachar Dilma é somente um passo.
Não é um trajeto fácil, porque o barco do PMDB ainda vai enfrentar a tempestade da Lava Jato, mais ameaçadora ainda com o surgimento de novas delações premiadas. E alguns dos seus quadros não resistem a participar de um governo, mesmo depois de morto.
E há as grandes dificuldades do pós-impeachment. As empresas brasileiras perderam R$ 1 trilhão em valor de mercado. O dólar aumenta vertiginosamente, com reflexos na economia, no cotidiano e na produtividade de quem depende de produtos importados.
São instrumentos de trabalho que não se vendem no posto Ipiranga. Falava de tudo isso, segunda-feira, num encontro com amigos em Niterói, no momento em que o motorista que me esperava na porta foi sequestrado e assaltado.
Com os últimos arrastões no Rio e a insegurança que sinto nos meus deslocamentos, deveria ter enfatizado algo que apenas esbocei em alguns artigos. As duas crises que se alimentam mutuamente, a política e a econômica, começam a disparar o gatilho da que realmente vai mudar a qualidade do processo: a crise social.
Dois importantes termômetros são o índice de desemprego e o aumento da violência urbana. Daí o sentido de urgência não só de despachar Dilma, de mas esboçar uma visão de como sair do pântano. Algumas realidades não desaparecem com a saída de Dilma. O rombo no Orçamento, por exemplo. Teremos pouco dinheiro para demandas crescentes.
Creio que as trilhas do impeachment são visíveis no momento. Para o depois, nem tanto.
Existe um quase consenso, do qual compartilho, de que é preciso reconquistar a confiança do mercado. Inúmeras vezes defendi essa tese no Parlamento, a de uma sintonia com o mercado. No entanto, sempre ressalvei que precisava trabalhar com outras coordenadas, senão iria soltar a voz na Bolsa de Valores, e não no Congresso Nacional.
O desafio de sintonizar-se com o mercado, articulando as diferentes dimensões da crise, é dos políticos. Talvez esteja dramatizando um pouco, mas em outro contexto. O Congresso deveria estar fervilhando não apenas com o impulso da queda de Dilma, mas no debate das opções que se abrem.
Em linhas mais gerais, ficou claro que só é possível avançar respeitando as leis que regem o capitalismo. Só tem sentido contrariar essas grandes realidades quando se tem outro modelo como estratégia. Exemplo: o “socialismo do século 21” na Venezuela. Na verdade, uma ruína do século 21.
Ao longo destes anos, o governo do PT suscitou um arsenal crítico que é um ponto de referência. Mudar a política externa, hoje talvez seja fácil, pelo menos no curto período que vai até 2018: bastaria inverter as prioridades do governo petista. Isso não significa voltar as costas para os vizinhos continentais. Mas diante das potencialidades do país, não podemos distanciar-nos da inovação tecnológica.
A tarefa central de um governo minimamente articulado será a de levar o país para 2018, restabelecendo um fio de confiança no processo político brasileiro. Aí, então, será possível renovar a esperança e prosseguir na tarefa gigantesca não só de resolver a crise econômica, mas todos os problemas que incomodavam quando a economia, para muitos, ainda parecia bem em 2013 e milhões de pessoas foram às ruas exigir melhores serviços públicos.
Quando caiu o Muro de Berlim, os camelôs vendiam seus pedaços aos turistas. O material acabou e os camelôs passaram a vender pedaços de muro falsificados. Não sei se vejo bem, mas a ideia me ocorreu quando comecei um livro sobre o meu aprendizado da democracia nos trópicos.
Este momento histórico mostra a implosão, no país, do último pedaço falsificado do Muro de Berlim.

sábado, 8 de agosto de 2015

A Lua Azul em cenário romântico, poético... / Digestivo Cultural / Elisa Andrade Buzzo


Quinta-feira, 6/8/2015
Em noite de lua azul
Elisa Andrade Buzzo  
 
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Que abraços são esses? que olhares? que fatos 
acontecem, fluidos, entre a lua e a terra,
entre a lua e o sol, entre o sol e o tempo,
Cecília Meireles



Na falta de um ângulo propício para observar a claridade da lua cheia, olhamos para outros pontos iluminados artificialmente. Se não procuramos por janelas, telas, frestas, portas, corredores brilhosos, antes eles se dirigem a nós com a ansiedade, o desejo último e necessário da iluminação. Como a própria iluminação pública que adentra as residências baixas da cidade, e fere os olhos, fere a própria noite ao lhe incutir suas garras de gás e metal. Que medo da escuridão é esse, podemos perguntar. Mas a vulnerabilidade da escuridão citadina pode deixar em pânico os habitantes traumatizados pela violência. Ilumina-se, também, para o outro não dormir ao relento, e assim, da mesma forma atrapalha-se os desavisados moradores dos andares baixos. Hoje, em céu vermelho pousa a lua azul. E dignamente precisamos buscar outros pontos, porque o ponto e o facho de luz são os apoios dos desavisados e claudicantes, para mergulhar na claridade concentrada da vida burguesa. Por trás das grades, vemos uma festa infantil que acaba de começar. Há balões coloridos, pessoas sentadas no salão de festas, gritos de criança ultrapassando o limite da rua. Pela parede de vidro do salão exala uma doce luz no início de noite. Os prédios simples formam um quadriculado aleatório de amarelos baços, cortinados alvos, poses e perfis negros de moradores contemplativos. Aquela janela recortada traz um lustre de cristais fulgurando o espaço. Grandiosas salas envidraçadas mostram ambientes aconchegantes por detrás da fluidez de cortinas, abajures tépidos, ricas folhagens descaindo-se em amplitude enamoradas; são cenários que se esbanjam solitários, onde não se encontra humana presença. A lua, entretanto, cheia de graça repousa solene, envolta em nuvens de gaze. Eleva-se aos sobrados do início de séculos distantes, diáfana, já pouco mais visível. E então recordamos que o luar nos foi da vida retirado como as matas decepadas, como os rios cimentados, os índios em bugres transformados. Companheira dos tristes, mais fácil vê-la poetizada por simbolistas, parnasianos e românticos; a mesma que fora e ainda é hoje. Nua, ela não precisa de aparatos tantos, das distantes musas a mais próxima; e esquecida. 


Elisa Andrade Buzzo  

domingo, 12 de julho de 2015

A história do fundador do "Estadão" ... / por Augusto Nunes




http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/a-restauracao-de-julio-i/#more-852848

10/07/2015
 às 8:48 \ Feira Livre

A restauração de Júlio I

Publicado na edição de VEJA desta semana
AUGUSTO NUNES
Julio-de-Mesquita-229x300O filho de imigrantes portugueses nascido em Campinas já se havia incorporado à elite paulistana quado descreveu sucintamente, mal disfarçando o orgulho de quem vencera apesar de tudo, o universo cinzento de onde viera. Não tinha quaisquer semelhanças com o mundo luminoso que Júlio César Ferreira de Mesquita passara a frequentar:
Descendo de modestíssimas famílias transmontanas que, com certeza, nunca puseram os pés plebeus nas escadas de mármore e nos tapetes vistosos e fofos dos suntuosos paços dos reis, em Lisboa. Os meus antepassados viveram e morreram esquecidos na longínqua província, talvez de enxada em punho, desde a madrugada até a noite, ao vento e à chuva cavando desesperadamente os seios ingratos da terra madrasta, para não morrerem de fome”.
No século 19, pouquíssimos estigmatizados pela miséria ancestral escapavam da condenação a uma vida não vivida. Júlio Mesquita redesenhou seu destino apoiado no pai, que prosperou como comerciante no Brasil, e numa extraordinária conjunção de talento, audácia, autoconfiança, ventos favoráveis e trapaças da sorte. Esses trunfos balizam a singularíssima trajetória reconstituída pelo biógrafo Jorge Caldeira nos quatro volumes de Júlio Mesquita e seu Tempo.
Até agora, relegado pela desinformação histórica a coadjuvante essencial, mas ainda assim coadjuvante, o primeiro Júlio na saga do Estadão como o criador de um jornal que a geração seguinte transformou na mais influente do século 20. Apoiado em pesquisas que consumiram 10 anos, Jorge Caldeira pôs as coisas no devido lugar. É injusto confinar o biografado no papel de pai do doutor Julinho. Cabe ao segundo Júlio, que comandou o Estadão ao lado do irmão Francisco entre 1927 e 1969o honroso papel de filho de Júlio Mesquita.
O fundador da linhagem fez mais que demarcar um feudo a que os confeririam status de reinoEle concebeu e consolidou o reino que viraria império com a expansão das fronteiras consumada pelos herdeiros. O homem que desprezava brasões e títulos nobiliárquicos, e por isso não conseguia enxergar-se no espelho como um genuíno barão da imprensa, provavelmente morreu sem saber que sua sala na redação era uma sala do trono.
Em 1888, quando começou a trabalhar no diário parido para divulgar a causa republicana, A Província de S. Paulo tinha 904 assinantes . Ao morrer em 1927, 48.638 leitores pagavam para receber em casa um exemplar de O Estado de S. Paulo. Nesse período marcado por inventos prodigiosos, empreendimentos arrojados e transformações extraordinárias, Júlio Mesquita fez do panfleto de duas páginas sustentado por um pequeno partido o portentoso diário independente e lucrativo.
O quarto volume da biografia é reservado à exumação do quadro econômico brasileiro desde a Proclamação da República até a Revolução de 1930. Os três primeiros resultam de escavações que, além de desenterrar informações que permitem contemplar com nitidez os avanços modernizadores que aposentaram o prelo e a rotativa antes de alcançar a idade adulta, desmoralizam a história oficial da República Velha que deturpa, camufla ou assassina a verdade.
Estudantes tapeados por historiadores preguiçosos, ignorantes ou simplesmente idiotas podem aprender com Jorge Caldeira, por exemplo, que Prudente de Morais fez mais que lidar com a Guerra de Canudos e sobreviver a um atentado. Ele foi o único democrata irrepreensível entre os presidentes da República Velha. Em contrapartida, sai de cena o Campos Salles que livrou o Brasil da falência para que suba ao palco um trapalhão arrogante que só não se fantasiava de Pedro III por falta de manto e cetro.
A leitura da obra ganharia em leveza se Jorge Caldeira não ultrapassasse com frequência a fronteira onde termina a informação abundante e começa a informação excessiva. É desnecessário, por exemplo,  acrescentar tantos detalhes, citações e documentos ao trecho que relata a independência definitiva de Júlio Mesquita, consumada pela ruptura com Campos Salles, a quem era ligado por laços familiares e políticos.
Até o entardecer do mandato de Campos Salles, o protagonista da biografia foi dois em um: o jornalista visceral teve de disputar espaços na alma e no coração do personagem conviver com o político vocacional. A separação litigiosa que afastou o deputado Júlio Mesquita de velhos parceiros campanha abolicionista e de propaganda republicana revogou lealdades e compromissos que inibiam o homem de imprensa puro-sangue.
Livre de freios e constrangimentos, Júlio Mesquita dedicou-se em tempo integral à construção do jornal moderno. Nasceram no Estadão a supremacia da notícia, a pluralidade de opinião ou a reportagem de longo curso, inaugurada pelos cobertura da Guerra de Canudos pelo correspondente Euclides da Cunha. Foi também Júlio Mesquita quem determinou as diretrizes essenciais, o estilo solene e o tom contundente dos editoriais que, 100 anos depois, permanecem intocados.
Avesso a neutralidades medrosas, ele invariavelmente escolhia o caminho que lhe parecesse mais afinado com os valores cultivados desde a juventude. Em 1914, o editorialista em permanente estado de beligerância distanciou-se provisoriamente da frente doméstica para cobrir a Primeira Grande Guerra entrincheirado na redação. Na paz como na guerra, fosse qual fosse o lado escolhido, Júlio Mesquita se manteve obediente ao que pensava Júlio Mesquita.
Errou e acertou com a mesma convicção. Desancou Rodrigues Alves e Artur Bernardes com o mesmo entusiasmo esbanjado pelo cabo eleitoral de Rui Barbosa ou pelo combatente que trocou o sossego de aposentado para tentar suspender a sangrenta troca de chumbo desencadeada pela Revolução de 1924. Acusado de apoiar os revoltosos, foi preso por pecados que não cometera. Revidaria o castigo imerecido com chicotadas verbais que marcavam a fogo o lombo e a memória dos alvejados.
Só as noitadas de viúvo solitário à solta em Campinas lhe pareciam mais sedutoras que um dia na redação. Em confeitarias e hotéis que nunca hospedaram outros representantes da nobreza republicana, o amante de vinhos, mulheres e conversas com gente simples tomava o lugar do monarca. O grande homem era então tratado como grande figura. Os amigos enxergavam sobretudo um bom companheiro de farras e festas onde havia Júlio I,

domingo, 10 de maio de 2015

Mudanças nas profissões ... // Silvio Meira / TV Cultura / Café Filosófico


o futuro das profissões, com silvio meira (versão tv cultura)

o futuro das profissões
com silvio meira
o homem sonha mundos possíveis e a tecnologia é sua aliada; um campo de inúmeras possibilidades de relacionamentos, de  comunicação se abre. e as mudanças ocorrem tão rapidamente, que chegamos a nos sentir impotentes diante do futuro que se apresenta. homens e mulheres, de todas as idades, veem seus projetos de vida, suas profissões, ameaçados por novas formas de fazer, que retratam novos modos de viver. num mundo onde quase tudo fica obsoleto da noite pro dia, como será nosso amanhã? como acompanhar este mundo em constante inovação? quais são as profissões do futuro e qual o futuro das profissões?

one response to o futuro das profissões, com silvio meira (versão tv cultura)

  1. rudi bodanese 15 de dezembro de 2014 at 18:02 # 
    vocês fazem um mundo mais inteligente. não parem…

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Condomínio de Ideias: O Brasil tem guerrilha... ! O Brasil sabe disso......

Condomínio de Ideias: O Brasil tem guerrilha... ! O Brasil sabe disso......: em:  http://www.istoe.com.br/reportagens/2158_O+BRASIL+TEM+GUERRILHA No Brasil petista IstoÉ possível, sim. O BRASIL TEM GUERRILHA...

O Brasil tem guerrilha... ! O Brasil sabe disso... ? O governo do PT tomou conhecimento disso ? / ISTOÉ / blog do Percival Puggina,


em: http://www.istoe.com.br/reportagens/2158_O+BRASIL+TEM+GUERRILHA





No Brasil petista IstoÉ possível, sim.
O BRASIL TEM GUERRILHA
ISTOÉ entra na base da Liga dos Camponeses Pobres, um grupo armado com 20 acampamentos em três Estados, que tem nove vezes mais combatentes que o PCdoB na Guerrilha do Araguaia e cujas ações resultaram na morte de 22 pessoas no ano passado
O barulho de dois tiros de revólver quebrou o silêncio da noite na pacata comunidade rural de Jacilândia, distante 38 quilômetros da cidade de Buritis, Estado de Rondônia. Passava pouco das 22 horas do dia 22 de fevereiro quando três homens encapuzados bloquearam a estrada de terra que liga o lugarejo ao município e friamente executaram à queima-roupa o agricultor Paulo Roberto Garcia. Aos 28 anos, ele tombou com os disparos de revólver calibre 38 na nuca. Dez horas depois do crime, o corpo de Garcia ainda permanecia no local, estirado nos braços de sua mãe, Maria Tereza de Jesus, à espera da polícia. Era o caçula de seus três filhos. Um mês depois do assassinato, o delegado da Polícia Civil de Rondônia que investiga o caso, Iramar Gonçalves, concluiu: "Ele foi assassinado pelos guerrilheiros da LCP."

quinta-feira, 12 de março de 2015

O Futebol pode melhorar .... veja algumas sugestões para amplificar o produto Futebol, o esporte mais popular do planeta

terça-feira, 10 de março de 2015

Contribuição para modernizar regras, tempo de jogo, melhorar arbitragens, aumentar 'prazo de validade' de jogadores...


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Uma contribuição para modernizar as regras do Futebol Association...


O texto tenta alcançar à inteligencia  de diretores da FIFA e apontar para algumas modificações possíveis nas regras do futebol, que estão defasadas, e que poderiam dar agilidade, eficácia e maior aceitação dos clubes, dos torcedores, da mídia, dos jogadores, dos juízes, dos patrocinadores, dos proprietários e também acrescentar maior valor agregado ao futebol como evento esportivo, como produto, como entretenimento, como um assunto mais fácil de aceitação, menos hermético entre os apaixonados que teriam mais argumentos técnicos, psicológicos para discutir e avaliar um jogo

Defesa da argumentação: 
........      o futebol é o esporte mais popular do mundo.
·       Tem um PIB extraordinário e maior do que a maioria das economias do planeta;
·       Tem penetração popular e institucional maior do que a ONU com suas atribuições de gerenciamento de conflitos entre nações e as diversas culturas dos povos da Terra;
·       A FIFA, a holding do futebol mundial, é tão atraente como assunto e instituição que rivaliza em intensidade de paixão com as religiões do mundo e a política;
·       É, talvez, o esporte mais democrático entre o conjunto dos esportes coletivos, pois, seus praticantes não são escolhidos por padrões de físicos diferenciados, raças, culturas, etc.;
·       Seus eventos têm garantia de sucesso e comportamento de commodity nas relações comerciais;
·       A soma dos campos de jogos – os gramados de todo o mundo e o entorno de suas arenas - garantem um espaço em metragem quadrada maior do que a dimensão de pequenos países;
·       Os atores do futebol como jogadores, juízes, preparadores técnicos e físicos, massagistas, mordomos, cuidadores de gramados, seguranças de patrimônio, de jogadores, podólogos, almoxarife, eletricistas, encanadores; mais auxiliares de tecnologia de informação, pessoal de suporte da secretaria e outros que estão adensados ao comando dos clubes podem ser contados em dezenas de milhares; os comentaristas e críticos do esporte, fotógrafos, radialistas, chargistas, designers seriam outras dezenas de milhares;
·       Os atletas de ponta e outros agregados do futebol que defendem fortunas, nacionalidades, prestígio profissional, reputação atlética de suas habilidades;
·       Autoridades que fiscalizam cada jogo como juízes, bandeirinhas, gandulas, todos estes, protagonistas e coadjuvantes são alçados à situação de celebridade com velocidade e ganham espaço na mídia com mais naturalidade do que autoridades que comandam nações;
·       Executivos de importantes e colossais orçamentos de empresas de reconhecimento do mercado internacional investem grandes fortunas em clubes gerenciados como empresa;
·       Celebridades das artes visuais, das artes plásticas, de outros esportes se aproximam do prestígio que tem o futebol para usá-lo como marketing pessoal e podem ser contados como milhares de profissionais que se acomodam à aura que o esporte futebol espalha pelo mundo e se valorizam com o seu fascínio;
·       Políticos de todo o mundo se agarram aos eventos de prestígio do esporte e tiram ‘casquinha’ para suas imagens pessoais...

As atuais regras do futebol são antigas que entravam o rumo natural das ambições para garantia de seu futuro. Algumas partidas, nos dias de hoje, dão ideia do absurdo de, por exemplo, como no campeonato da terceira divisão da Itália um jogo não poder continuar porque 5 jogadores, de um dos times, simularam contusões em poucos mais de 20 minutos do  primeiro tempo. Não acompanhar os dias de progresso que o mundo vive através de tecnologias disponíveis prejudica o rumo e o progresso do esporte.
Uma das regras, o número de juízes em campo, poderia ser aumentado por causa do espaço físico, sete mil metros quadrados, cerca de dois alqueires paulistas, para ser fiscalizado por três fiscais. O número atual (3) é pequeno e desproporcional para uma atividade tão carregada de emotividade, de paixão sem freios. Um juiz mais para cada metade do campo seria suficiente para fiscalizar com mais competência e rigor técnico um jogo.
Em partidas, de vários campeonatos pelo mundo afora, surgem exemplos nefastos: gols de que “até Deus duvida” e, todos os espectadores do estádio veem e ainda os que estão em casa acompanhando pela televisão asseguram que a bola entrou ou em outro caso que não passou pela linha do gol. Somente o juiz, a maior autoridade em importância e envergadura do evento não tem visão clara do fato, o gol. Em muitos momentos é mais do que evidente que os que estariam vendo o jogo pela TV afirmariam que a bola entrou e também ouviriam os xingamentos ofensivos, as ameaças de morte, os arremessos de objetos em direção aos julgadores da partida. Na sequência desses acontecimentos, às vezes selvagens, os jogadores do clube prejudicado costumam fazer reclamação incivilizada, superestimada e de baixa racionalidade, e, em alguns casos, principalmente entre os sul-americanos, que ameaçam os juízes, dificultam providências naturais para o incidente e mais, furtam muitos minutos de um jogo. Evidentemente, que a Federação organizadora, por isso, poderia ser imputada pelo Ministério Público por ter ‘roubado’ das torcidas dos clubes e torcedores presentes ao estádio um terço da promessa (?) de minutos daquela partida. Essa perda traduzida em valores financeiros seria uma importância para ser computada na contabilidade do jogo. E o que dizer do furto de minutos de um jogo que era visto pela TV por dezenas de milhões de pessoas ao redor do mundo?  No caso de uma Copa do Mundo seriam bilhões de pessoas! Os torcedores de TV que poderiam acionar os clubes sobre a diminuição dos minutos de um jogo de futebol interrompido por incompetência de “sua senhoria”, das regras tradicionais ? E se os patrocinadores adicionassem ao contrato entre clube e TV as interrupções como penalização no valor do jogo...? 

Condomínio de Ideias: O maior hobby dos homens continua matando pessoas,...

Condomínio de Ideias: O maior hobby dos homens continua matando pessoas,...: Síria tem 5,6 milhões de crianças em risco humanitário Há 48 minutos Compartilhar Número de crianças que necessitam de ajuda no p...