O BLOG TEM A PRETENSÃO DE AJUDAR EXECUTIVOS NA GESTÃO ADMINISTRATIVA DE SEUS DESAFIOS
terça-feira, 31 de julho de 2012
Condomínio de Ideias: Ideia de escritório para se trabalhar em casa...!
Condomínio de Ideias: Ideia de escritório para se trabalhar em casa...!: Como fazer seu escritório em casa 10 regras básicas para fazer seu escritório em casa Um escritório em casa pode ser a resposta par...
segunda-feira, 23 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
PME Estadão // Oito táticas para criar engajamento do pessoal de empresa
http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,oito-estrategias-para-voce-engajar-seus-funcionarios-e-criar-um-importante-diferencial,1890,0.htm
ESTADÃO PME » INFORMAÇÃO » NOTÍCIAS
ESTADÃO PME » INFORMAÇÃO » NOTÍCIAS
Lista| 18 de julho de 2012 | 12h 00
Oito estratégias para você engajar seus funcionários e criar um importante diferencial
Equíbrio entre bons salários, boas recomensas e benefícios ajuda empreendedor a ter uma equipe sempre motivada
Não crie ilusões. Os seus funcionários não querem apenas bons salários. Da mesma forma, eles não buscam apenas bons benefícios. O segredo de uma empresa de sucesso passa pelo equílibrio entre rendimentos adequados à realidade brasileira e benefícios moldados de acordo com as necessidades da força de trabalho.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook :::: Google+ ::
Mas ao contrário do que muita gente pensa, não é difícil atingir esse quilíbrio. Por isso mesmo, o pequeno empreendedor que pretende ganhar relevância no mercado precisa, desde já, adotar uma política de recursos humanos eficiente para, dessa maneira, criar um diferencial que poderá levá-lo ao topo.
Para ajudá-lo, o bEstadão PME preparou uma lista com oito regras a seguir. Confira agora e tenha sucesso.
1) Desafio
Ofereça benefícios, mas sem abrir mão da recompensa. A equipe precisa apresentar bons resultados para merecer algo em troca.
2) Observação
Entenda quais são os problemas dos seus funcionários. Isso ajudará o empresário a melhorar o ambiente de trabalho.
3) Educação
Uma das ações que rendem mais retorno para a empresa é investir na formação da equipe, que melhor preparada pode produzir mais.
4) Customizar
Você sabe quais são os benefícios que os seus trabalhadores gostariam ou precisam? Faça uma pesquisa antes de investir.
5) Estresse
Oferecer qualidade de vida, como uma boa refeição na hora do almoço, ajuda a reduzir o nível de estresse da equipe.
6) Prêmios
Oferecer um curso e premiar os funcionários após a obtenção de bons resultados aumentam o engajamento dos trabalhadores.
7) Dinheiro
Para especialistas, dar uma parte dos lucros à equipe é mais barato do que pagar altos salários e aumenta a sensação de reconhecimento.
8) Clareza
É preciso deixar claro para o funcionário a política de carreira vigente na empresa. Isso o deixará mais motivado.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook :::: Google+ ::
Mas ao contrário do que muita gente pensa, não é difícil atingir esse quilíbrio. Por isso mesmo, o pequeno empreendedor que pretende ganhar relevância no mercado precisa, desde já, adotar uma política de recursos humanos eficiente para, dessa maneira, criar um diferencial que poderá levá-lo ao topo.
Para ajudá-lo, o bEstadão PME preparou uma lista com oito regras a seguir. Confira agora e tenha sucesso.
1) Desafio
Ofereça benefícios, mas sem abrir mão da recompensa. A equipe precisa apresentar bons resultados para merecer algo em troca.
2) Observação
Entenda quais são os problemas dos seus funcionários. Isso ajudará o empresário a melhorar o ambiente de trabalho.
3) Educação
Uma das ações que rendem mais retorno para a empresa é investir na formação da equipe, que melhor preparada pode produzir mais.
4) Customizar
Você sabe quais são os benefícios que os seus trabalhadores gostariam ou precisam? Faça uma pesquisa antes de investir.
5) Estresse
Oferecer qualidade de vida, como uma boa refeição na hora do almoço, ajuda a reduzir o nível de estresse da equipe.
6) Prêmios
Oferecer um curso e premiar os funcionários após a obtenção de bons resultados aumentam o engajamento dos trabalhadores.
7) Dinheiro
Para especialistas, dar uma parte dos lucros à equipe é mais barato do que pagar altos salários e aumenta a sensação de reconhecimento.
8) Clareza
É preciso deixar claro para o funcionário a política de carreira vigente na empresa. Isso o deixará mais motivado.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Os 7 erros mais cometidos pelo comerciante...
Divulgação
Um dos erros é não treinar os funcionários
Pelo link chega-se às informações que o Sebrae descobriu para mudar hábitos
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aproveita as comemorações pelo Dia do Comerciante, que ocorrem amanhã (16), na Associação Comercial de São Paulo, para mostras quais são os sete erros mais cometidos pelos comerciantes. Segundo o superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, é a primeira vez que a entidade sistematiza esse tipo de informação.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook ::
:: Google + ::
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook ::
:: Google + ::
sábado, 7 de julho de 2012
Cuba inicia nova caminhada econômica por meio do Empreendedorismo...
EMPREENDEDORISMO CRESCENTE ENCHE AS RUAS DE CUBA DE ANÚNCIOS
PEQUENAS EMPRESAS E PRESTADORES DE SERVIÇO AUTÔNOMOS, ANTES PROIBIDOS, COMEÇAM A INVESTIR NA PROPAGANDA PARA VENDER MAIS
Pela primeira vez na ilha, mais de 500 profissionais e pequenas empresas autônomas já se anunciam em uma seção especial das páginas amarelas da ilha, o diretório telefônico editado pela empresa de telecomunicações estatal Etecsa.
A extensão do emprego privado, uma das principais medidas do general Castro para "atualizar" a deprimida economia socialista cubana, avança pouco a pouco e, com isso, a necessidade de promover seus serviços: mais de 385 mil cubanos já se aventuram no mundo do empreendedorismo, que na gíria local foi chamado de "cuentapropismo" (pessoas que trabalham por conta própria, sem dependerem do estado). A expectativa é que outros 200 mil se somem a eles ao longo deste ano.
Add caption |
Páginas amarelas destacam serviços
Aluguel de quartos, restaurantes, estúdios de fotografia, eletricistas, fabricantes de calçado, salões de beleza... São apenas alguns dos serviços privados que já podem ser encontrados nas Páginas Amarelas de Cuba. O que é algo normal em qualquer outro país se transforma em uma novidade numa ilha onde a promoção comercial é baixa ou nula e onde sobra propaganda política.
Aluguel de quartos, restaurantes, estúdios de fotografia, eletricistas, fabricantes de calçado, salões de beleza... São apenas alguns dos serviços privados que já podem ser encontrados nas Páginas Amarelas de Cuba. O que é algo normal em qualquer outro país se transforma em uma novidade numa ilha onde a promoção comercial é baixa ou nula e onde sobra propaganda política.
Em seu novo diretório telefônico, a estatal Etecsa decidiu dedicar um espaço diferenciado para que os trabalhadores privados anunciem seu serviço. Por enquanto, apenas 500 reuniram coragem para experimentar, mas se espera que a presença de cuentapropistas no guia aumente em edições posteriores.
"É um passo positivo", reconheceu a proprietária de um restaurante privado de Havana, que aproveitou o espaço das páginas amarelas para promover o negócio que administra com o irmão.
Os interessados contratam os anúncios com tarifas em peso conversível (equivalente a US$ 0,90 do câmbio oficial) e podem optar por duas modalidades: uma com informações básicas sobre o negócio (nome, endereço e telefone) e outra que permite comprar espaços publicitários de tamanhos diversos e com imagens incluídas.
Os textos dos anúncios são "puramente noticiosos" e sem um "enfoque consumista", segundo responsáveis da Etecsa.
As páginas amarelas não são o único meio que os negócios privados em Cuba encontraram para se promover. Já antes de existir esta possibilidade, os "cuentapropistas" se esforçavam para fazer propaganda por diversos meios: panfletos distribuídos pelas ruas, SMS, emails e sites.
Não faltam blogs e sites que já ofereçam amplas listas de negócios privados em Cuba, sobretudo de restaurantes, os famosos "paladares". Muitas delas deixaram de ser meros estabelecimentos familiares, que tinham de respeitar um limite máximo de cadeiras e mesas, e agora podem dar serviço a até 50 clientes.
A proliferação de pequenos negócios mudou inclusive a paisagem de cidades como Havana. As fachadas dos prédios antigos etão cobertas por cartazes na entrada de diversos novos estabelecimentos, muitos deles instalados em varandas de desvencilhados casarões e alguns outros em casas primorosamente arrumadas onde se instalaram cafeterias, salões de beleza, ginásios ou onde se alugam quartos para turistas.
Também já é possível ver nas ruas de Havana veículos que levam em suas portas cartazes ou adesivos anunciando negócios: um dos mais chamativos é um antigo carro conversível que usa o nome de um restaurante de comida indiana.
Há quem tenha começado a testar a fórmula de oferecer descontos a seus clientes caso seus carros façam algum tipo de publicidade do negócio, como já ocorre em algumas cafeterias da capital cubana.
SAIBA MAIS
Os funcionários de um desses negócios não tiveram dúvidas de promovê-lo estendendo um enorme cartaz durante o último desfile do Dia Primeiro de Maio, que neste ano se caracterizou por uma destacada presença do setor de trabalhadores por conta própria.
Um sintoma que lentamente pode ser sentido pela incipiente abertura econômica na ilha é a relativa facilidade dessas fórmulas promocionais. Alberto, proprietário de uma dessas cafeterias que estão se tornando famosas com o método dos adesivos-desconto em veículos, afirma que o estabelecimento não teve dificuldade alguma para fazê-lo.
Também está convencido de que as formas de publicidade aumentarão na ilha porque fazem parte dos ajustes econômicos empreendidos no país. Até acredita que, em um futuro, chegarão os anúncios comerciais aos meios de comunicação, todos controlados pelo Estado. "Não é contraproducente sempre que seja com respeito e com um fim útil para o Estado", comentou Alberto.
O governo Raúl Castro promoveu o trabalho privado como alternativa trabalhista à diminuição maciça de funcionários do setor estatal (cerca de 500 mil em uma primeira fase), dentro do marco de seus ajustes econômicos para "atualizar" a economia cubana sem renunciar ao socialismo.
A grande abertura do emprego independente foi decretada em outubro de 2010, com a ampliação do número de atividades econômicas autorizadas para exercê-lo.
De acordo com fontes oficiais, o governo Raúl Castro prevê que, a médio prazo, as formas não estatais da economia sejam responsáveis por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
(Soledad Alvarez, da Agência Efe)
Marcadores:
empreendedorismo em Cuba,
Época Negócias
Local:Campos dos Goytacazes, RJ BRASIL
Campos dos Goytacazes, Brasil
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Condomínio de Ideias: Provérbio chinês....
Condomínio de Ideias: Provérbio chinês....: "Me diga, vou esquecer... Me mostre, talvez lembre... Me envolva e eu vou entender!"
domingo, 1 de julho de 2012
'A Guarânia do Engano" // Chiqui Avalos // Augusto Nunes
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/leitura-obrigatoria-a-guarania-do-engano-do-jornalista-paraguaio-chiqui-avalos/
26/06/2012
às 21:14 \ Direto ao PontoLeitura obrigatória: ‘A Guarânia do Engano’, do jornalista paraguaio Chiqui Avalos
O texto do jornalista paraguaio Chiqui Avalos publicado na seção Feira Livre é leitura obrigatória para os interessados em compreender a saga desta região da América do Sul. Aparentemente longa, “A Guarânia do Engano” é uma radiografia dolorosamente nítida de quase dois séculos de história.
Tags: A Guarânia do Engano, Chiqui Avalos, Feira Livre, Fernando Lugo,impeachment, Paraguai
26/06/2012
às 19:33 \ Feira Livre‘A Guarânia do Engano’, por Chiqui Avalos
CHIQUI AVALOS
“A história do Brasil, vista do Paraguai, é outra”(Millôr Fernandes)
Como num verso célebre de meu inesquecível amigo Vinicius de Moraes, “de repente, não mais que de repente”, alguns governos latino-americanos redescobrem o velho e sofrido Paraguai e resolvem salvar uma democracia que teria sido ferida de morte com a queda de seu presidente. Começa aí um engano, uma sucessão de enganos, mentiras e desilusões, em proporção e intensidade que bem serve a que se componha uma melodiosa guarânia, mas de gosto extremamente duvidoso.
Sucedem-se fatos bizarros na vida das nações em pleno século XXI. Uma leva de chanceleres, saídos da espetaculosa e improdutiva Rio+20, desembarca de outra leva de imponentes jatos oficiais no início da madrugada de um incomum inverno, e ─ quem sabe estimulados pela baixa temperatura ─ se comportam com a mesma frieza com que a “Tríplice Aliança” dizimou centenas de milhares de guaranis numa guerra que arrasou a mais desenvolvida potência industrial da América Latina.
Surpresos? Não é para menos. Éramos ricos, muito ricos, industrializados, avançados, educados, cultos, europeizados, amantes das artes, dos livros, das óperas, do desenvolvimento. Nossos antepassados brilharam na Sorbonne e assinaram tratados acadêmicos, descobertas científicas ou apurados ensaios literários. A menção de nossa origem não provocava o deboche ou ironia tão costumeiros nos dias tristes de hoje, mas profunda admiração e curiosidade dos que acompanhavam nossa trajetória como Nação vencedora. Não ficamos célebres como contrabandistas ou traficantes, mas como povo empreendedor e progressista. A organização de nossa sociedade, a intensa vida cultural, o progresso econômico irrefreável, a bela arquitetura de nossas cidades, nossos museus e livrarias, a invulgar formação cultural de nossa elite, a dignidade com que viviam nossos irmãos mais pobres (sem miséria ou fome) impressionavam e merecem o registro histórico.
A rainha Vitória, que não destinou ao resto do mundo a mesma sabedoria com que governou e marcaria para sempre a história do Reino Unido, armou três mercenários e eles dizimaram a potência que, com sua farta e boa produção e espírito desbravador, tomava o mercado da antiga potência colonial do lado de baixo do Equador. Brasil, Argentina e Uruguai nos arrasaram. Nossos campos foram adubados pelos corpos de nossos irmãos em decomposição, decapitados à ponta de sabre e com requintes de sadismo. O Conde D’Eu, marido de quem libertaria os negros da escravidão e entraria para a história do Brasil, comandava pessoal e airosamente o massacre. Os historiadores, essa gente bisbilhoteira e necessária, registraram seu apurado esmero e indisfarçável prazer. O nefasto delegado Sérgio Fleury teve um precursor com quase um século de antecedência…
Nossas cidades terminaram por ser habitadas por populações majoritariamente compostas de mulheres e crianças. Poucos homens restaram do genocídio perpetrado. Pedro II, que marcaria a história do Brasil por sua honradez, comportou-se de forma impressionante nessa obscura página da história do Brasil, mas inversamente conhecidíssima na história de meu país: não moveu uma palha ou disse palavra acerca do sadismo de seu genro criminoso. Documentos por mim revirados no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, mostram a assinatura do velho Imperador autorizando a compra de barcos, chatas, cavalos e tudo o que fosse necessário para uma caçada de vida ou morte (mais de morte, certamente) a Lopez. Não bastava derrotar o déspota esclarecido, o republicano que os humilhava, o que havia desafiado os impérios da Inglaterra, do Brasil, da Espanha… Era preciso assinar seu epitáfio e esculpir sua lápide. E assim foi feito.
Derrotados, nunca mais fomos os mesmos. Passamos a ser conhecidos por uma República já bicentenária, mas atrasada em comparação aos vizinhos. Enfrentamos uma guerra cruel com a Bolívia na primeira metade do século passado. Roubaram-nos importante faixa territorial do Chaco, região paradoxalmente inóspita e riquíssima. Ganhamos a guerra. Nossos soldados mostraram a valentia e o patriotismo que brasileiros, uruguaios e argentinos haviam conhecido mais de meio século antes. Nossa incipiente aviação militar e seus jovens pilotos assombraram os experts norte-americanos pela refinada técnica e pelo sucesso de suas ações contra o agressor. Mas, numa história prenhe de ironias, vencemos a guerra e… jamais recuperamos as terras! Os bolivianos, que jamais olham nos olhos nem das pessoas nem da história, certamente se rejubilam em sua “andina soledad” e, como os argentinos depois da inexplicável Guerra das Malvinas, sabem-se “vice-campeones”…
Mal saímos da Guerra do Chaco e experimentamos a mesma e usual crônica tão comum a rigorosamente todos os outros países latino-americanos. Golpes e contra-golpes, instantes de democracia e hibernações em ditaduras ferrenhas. Presidentes se sucederam despachando no belíssimo Palácio de Lopez e vivendo na vetusta mansão de Mburuvicha Roga (“A casa do grande chefe”, em guarani). Uns razoáveis, outros deploráveis. Nenhum deles, entretanto, recuperou a glória perdida dos anos de riqueza, opulência e fartura. Um herói da Guerra do Chaco tornou-se ditador e nos oprimiu por mais de três décadas. Homem duro, mas de hábitos espartanos e por demais interessante, o multifacético Alfredo Stroessner não recusou o papel menor de tirano, mas construiu com o Brasil a estupenda hidrelétrica de Itaipu, a maior obra de engenharia de seu tempo, salvando o Brasil de previsível hecatombe energética. Foi parceiro e amigo de todos os presidentes do Brasil de JK a Sarney. Com os militares pós-64 deu-se às mil maravilhas, mas foi de suas mãos que o exilado João Goulart recebeu o passaporte com que viajaria para tratar sua saúde com cardiologistas franceses. Deposto, o velho ditador morreu exilado no Brasil. Nós que o combatíamos (nasci em Buenos Aires, onde meu pai, empresário de sucesso mas adversário da ditadura, curtia seu exílio) jamais soubemos de ação qualquer, uma que fosse, do Brasil em seus governos democráticos contra a ditadura do general que lhes deu Itaipu.
A vez de Fernando Lugo
Depois de duas décadas da derrubada de Stroessner, nos aparece Fernando Lugo. Sua história é peculiar. Era bispo de San Pedro, simpaticão e esquerdista, pregava aos sem-terra e parecia não incomodar ninguém, nem aos fazendeiros da área. Pelos idos de 2007 o então presidente Nicanor Duarte Frutos, um jovem jornalista eleito pelos colorados, resolve seguir o péssimo exemplo de Menem, Fujimori e Fernando Henrique, e deixa clara sua vontade de mudar a Constituição e permanecer na presidência, valendo-se do instituto inexistente da reeleição. Seu governo era mais que sofrível e ─ desculpem-nos a imodéstia lastreada em nossa história ─ nós, os paraguaios, não somos dados ao desfrute de mudar nossa Carta Magna ao sabor da vontade de presidente algum.
O país se levantou contra a aventura e ele, o bispo bonachão, justamente por não ser político e garantir que não alimentava qualquer ambição de poder, é escolhido para ser o orador de um grande ato público, com dezenas de milhares de pessoas reunidas no centro de Assunção. Pastoral, envolvente, preciso, o Bispo de San Pedro cativou a multidão, deu conta do recado e catalisou a imensa indignação da cidadania. A aventura continuísta de Nicanor não foi bem-sucedida, mas, com a sutileza de um príncipe da Igreja nos intricados concílios que antecedem a fumacinha branca no Vaticano, nos aparece um candidato forte à presidência da República: ‘habemus candidatum’! A batina vestia mais que um pastor, escondia um homem frio, ambicioso, ingrato e profundamente amoral.
Seu primeiro problema foi com a Santa Madre Igreja. A Santa Sé, certamente por saber algo que nós não sabíamos, vetou sua disposição política. Não, ele jamais poderia ser candidato. A igreja católica combateu a ditadura do general Stroessner com imensa coragem e ações firmes, mas não queria ocupar a presidência do país. “Roma locuta, causa finita” (“Roma falou, questão decidida”). Mas não para Lugo, que deixou seu bispado, despiu a batina e virou as costas a quem o educou e acolheu em seu seio. Poucos e corajosos colegas, bispos e padres, ousaram apoiá-lo abertamente. Na última sexta-feira, depois de três anos sem vê-lo ou serem por ele procurados, esses mesmos amigos e apoiadores foram até a residência presidencial pedir ─ em vão ─ que Lugo renunciasse à presidência do Paraguai para que se evitasse derramamento de sangue. Com frieza, o homem seduzido pelo poder disse não, levantou-se e despachou aqueles inoportunos portadores da palavra divina.
Candidato sem partido, favorecido pela simpatia da clara maioria do eleitorado, filiou-se ao centenário e respeitável PLRA, dos liberais, há mais de 60 anos fora do poder e com a respeitável bagagem de uma corajosa oposição à ditadura stroessnista. Como um Jânio Quadros, Lugo filiou-se ao Partido Liberal Radical Autêntico e usou sua bandeira, sua história e sua estrutura capilarizada em toda a sociedade paraguaia. E depois deu-lhe um adeus de mão fechada, frio e indiferente.
Eleito, desfez-se de todos os companheiros de jornada. Um a um. Stalin não apagou tantos nas fotos oficiais do Kremlin como o ex-bispo o fez. Por sinal, demitiu os mais qualificados. Restaram-lhe os cupinchas, os facilitadores de negócios e de festinhas íntimas, os “operadores” e alguns incautos esquerdistas para colorir com as tintas de um risível ‘socialismo guarani’ o governo de um homem que chegou como o Messias e terminaria como um Judas Escariotes.
Lugo poderia emprestar seu nome e sua vida política (e pessoal, também) ao mestre Borges e tornar-se uma das impressionantes personagens da “História Universal da Infâmia”. Um infame, não mais que isso! Mal foi eleito e empossado, sucedem-se escândalos e se revela seu procedimento moral. Filhos impensados para um Bispo supostamente casto. Vários. Todos jamais reconhecidos ou amparados, gerados com mulheres as mais pobres e sem instrução alguma, do meio rural, humilhadas depois de usadas, uma delas com apenas 16 anos quando engravidou. Se traíra a sua Igreja, por qual razão não nos trairia?
Durante seus três anos de governo, não passou um mês sequer sem viajar a um país qualquer. Com razão ou sem nenhuma, tanto fazia, lá se ia ele, o alegre viajante para conferências esvaziadas ou cerimônias de posse de mandatários sem importância para o Paraguai. As pompas do poder o abduziram como a nenhum déspota de república bananeira do Caribe. Os comboios de limusines com batedores estridentes, as festas e beija-mãos, os eternos e maviosos cortesãos do poder, as belas mulheres, as mesas fartas, os hotéis cinco estrelas, a riqueza, a opulência, os “negócios”. O despojado ex-bispo tornou-se grande estancieiro, senhor de terras, plantações e gado. O presidente que tomou posse calçando prosaicas sandálias, símbolo de humildade, revelou-se um homem vaidoso e fetichista. Como que a vestir a mentira em que ele próprio se tornou, passou a envergar elegantes e bem-cortadas túnicas encomendadas a alfaiates da celebérrima e caríssima Savile Row, templo londrino da moda masculina. No detalhe, o estelionato (mais um): colarinhos eclesiásticos. Afeiçoou-se a lindas e jovens, digamos, “modelos”, que floriram sua vida e a imensa banheira Jacuzzi que mandou instalar na austera e velha residência presidencial. Muitas delas o precediam mundo afora, esperando-o em hotéis fantásticos e palácios, nas vilegiaturas internacionais. Viajavam com documentos oficiais. Kaddafi proporcionava passaportes diplomáticos a terroristas, Lugo, a prostitutas.
O veto de Itaipu
Sua afeição pelos jatinhos e jatões chegou às raias do fetiche: passou boa parte de seu peculiar mandato a bordo deles. Fretados a empresas de táxi aéreo de outros países, mandados pelos amigões Hugo Chávez e Lula, outros emprestados por uns tais e misteriosos amigos. Chocou-se com o brasileiro Jorge Samek, fundador do PT e competente gestor, que na presidência brasileira da Itaipu resolveu vetar capricho juvenil do ex-bispo e delirante presidente: a poderosa binacional compraria um jato para seu uso. Um Gulfstream estaria de bom tamanho, quem sabe um Falcon, ou até um brasileiríssimo Legacy, mas ele precisava ardentemente de um jato para chamar de seu. Depois mandou que o comandante da Força Aérea negociasse um Fokker 100, adaptado com suíte e ducha. Nada feito, o raio de ação seria pequeno e ele precisava ganhar o mundo. Por fim, nos estertores de seu governo, entabulava a compra de um Challenger, usado mas chique, de um cartola do futebol paraguaio. O preço, como sempre, mais um escândalo da Era Lugo: pelo menos o dobro de um modelo novo, saído de fábrica…
Obras viárias? Imagine. De infraestrutura? Nenhuma. Modernização do país? Nem pensou nisso. Crescimento econômico? Sim, mas por obra de uma agricultura forte, de empresários jovens e ambiciosos, de uma indústria florescente e de um ministro da economia, Dionísio Borda, que destoou da regra geral do governo Lugo: competente e austero, imune às vontades do presidente e distante da escória que o cercava. A cada novo dia, no parlamento, nas redações, nos sindicatos, nos foros empresariais, nos encontros de amigos, um novo comentário, uma nova história de mais uma negociata dos assessores e companheiros de Lugo. Proporcionalmente, nem na ditadura de Stroessner (mais de três décadas) se roubou tanto quanto no governo pseudo-esquerdista de Fernando Lugo (menos de três anos). Já com Lugo deposto, seu secretário mais forte, Miguel Lopez Perito, telefonou à diretoria da Itaipu solicitando a bagatela de US$ 300 mil para organizar uma manifestação em defesa do governo. Queria ao vivo e em cores, “na mala”, por fora, não contabilizado, no “caixa 2″. Que tal? O fato, relatado por um diretor da binacional, é revelador do modus-operandi da verdadeira quadrilha que comandava o país.
O impeachment
Assinar:
Postagens (Atom)